top of page

Klamas na Escandinávia

 

Consta que o sobrenome Klamas teve origem no início do século XVIII na Escandinávia. 

Durante a Grande Gerra do Norte (1700-1721) - um conflito entre a Suécia e uma coalizão formada pela Rússia, Reino da Dinamarca-Noruega, Saxônia e Polônia, que contestavam a supremacia sueca no Norte, Centro e Leste Europeu - vivia na fazenda Glamars a família de Mathias Glamarsbarcka, mais tarde Klamaspak. Esta fazenda se situava em uma colonia sueca no condado de Massby, em Sipoo, arredores de Helsinque, Finlândia.

O grupo étnico Suecos-Finlandeses habita a região desde o séc. XIII. Em 1545 havia 15 fazendas no condado Massby, e a fazenda Glamars era uma delas. Sipoo até recentemente (2003) havia maioria linguística de origem sueca, sendo então ultrapassada por Finlandeses vindos de outras regiões devido a uma politica nacional. Hoje cerca de 60% da população são de língua finlandesa, e 40% suecos-finlandeses.

Viagem Klaus Klamaspak.png

Por terem hospedado e alimentado tropas russas durante a guerra em sua propriedade, a família foi perseguida por Carlos XII da Suécia e sentenciada à morte de acordo com a lei da guerra. Todos foram executados exceto Klaus Klamaspak, então com dez anos de idade, e sua avó, que conseguiram fugir em um pequeno barco a vela pelo golfo da Finlândia até a ilha Prangli na costa da Estônia, à cerca de 85 km de Sipoo.

Klaus foi criado ali pela sua avó. De acordo com registros da paróquia Jõelähtme, em 1722 Klaus trabalhava para Miku Hansu em Prangli. Em 1728 casou em Jõesu, com Triinu, e nesta ocasião ainda trabalhava para Miku Hansu em Prangli. Nos registros de nascimento dos seus filhos Mari 1729 e Jaagu 1731 Klaus declara ser proprietário da fazenda Idlase em Prangli. Em 1736 sua avó morre em um incêndio nesta propriedade com 70  anos. Em 1737 Klaus muda-se pra a inabitada ilha Rammu.

Klaus gostaria de ser pescador, como não poderia instalar as redes sozinho chamou seu amigo também de Sipoo, Jaak Lambot.

 

Na primeira menção escrita sobre a ilha, o pastor de Jõelähtme escreveu em 1737:

“Na ilha Rammu, pertencente à Casa Anja, Klaus vive a cerca de dez anos e Jaak oito. Eles vieram da Finlândia e são agora membros da nossa paróquia."

Ambos casaram-se na costa da Estônia. Klaus teve com Triinu quatro filhas e sete filhos. Faleceu em 1757 com 63 anos.

As famílias Klamas e Lambot prosperaram. Ao contrário dos habitantes do continente, eles não eram subordinados à Casa Ana (Anja Manor) de propriedade da família nobre alemã Staël von Holstein. Cerca de 20 fazendas na ilha foram criadas. Toda madeira necessária para aquecimento e construção tinha que ser comprada no continente. Assim como mantimentos que eram trocados por frutos do mar. Eles mantinham algumas vacas e ovelhas para o sustento, mas como não havia plantações na ilha, o feno de inverno também tinha que ser comprado. A água potável já não era mais suficiente e algumas famílias mudaram-se para as ilhas vizinhas de Aks e Koipse. Eles aprenderam a viver nessas condições difíceis e se acostumaram. Em pouco tempo colonizaram outras ilhas na região.

Era comum que viajassem longe para comercializarem seus produtos no continente. Se supõe que um antepassado de Valentin Klamas, que migrou para o Brasil em 1876, tenha ficado em Danzig por algum motivo, familiar, profissional ou ambos.

 

Uma evidencia oficial e documentada sobre a ligação entre essa família e a que posteriormente migrou da Prússia para o Paraná ainda não foi encontrada. Entretanto os indícios são consistentes, não há outros registros de Klamas na Prússia ou Polônia que não seja essa.  Por isso mesmo a importância de constar aqui a história dos Klamas escandinavos seja para futuramente esclarecer essa ligação ou desmistificá-la.

Árvore Genealógica dos descendentes de Klaus Klamaspak

Download árvore completa em PDF    

    

2016 Liesl Maud visita a Ilha Rammu

Página anterior

Próxima página

@ 2019 Genealogia Família Klamas, Curitiba

  • YouTube Clean
  • Facebook Clean
  • Twitter Clean
bottom of page